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Sem Chiadeira #7

Coluna Sem Chiadeira – Palco Gospel nº 7

Na última edição falamos sobre a relação entre os membros da equipe técnica e os músicos. Nesta edição, músicos, voltamos a conversar. Sem a menor pretensão de fazer um “tudo que você sempre quis perguntar a um técnico de som”, gostaria de deixar algumas dicas úteis.

Microfones: além da questão de escolher um modelo que melhor se adapte a cada voz ou instrumento, discutida na edição nº 4, é preciso saber que os microfones têm uma grande variação de resposta conforme a distância da fonte sonora (a boca do cantor, por exemplo). Quanto mais perto, maior a captação de graves (efeito proximidade), o que pode dar peso e, de modo excessivo, embolar o som tornando-o incompreensível. Afastando-se o microfone os graves são atenuados, restando os médio-agudos, mas a intensidade do sinal gerado diminui (o volume abaixa). Outra questão importante é que o microfone deve ser apontado para a fonte sonora; nada daquela história do microfone a 90o da boca, para a fala, ainda pode ser perdoável, mas nunca para o canto. Aos instrumentistas, cuidado com os microfones nos “cubos”, nada de ficar “corrigindo” a posição apontado-os bem para o centro do falante, isso está errado; para os bateristas é o contrário, nada de ficar apontando o microfone para a borda dos tambores. Uma excelente recomendação sobre o uso dos microfones é o artigo “Microfones: Amigos ou Inimigos?” de David Fernandes, disponível na seção artigos do site Áudio nas Igrejas (www.audionasigrejas.org).

Volume dos instrumentos: volumes de guitarras e baixos devem ficar a um passo do máximo, ou seja, se o volume vai até “10”, deixe-o no 8 ou 9, usando a sobra para os solos e riffes. Veja, isso é o volume do instrumento, o volume no cubo deve ser de acordo com o local, então, digamos, consulte seu operador de áudio. Tome cuidado com a diferenças de volumes entre uma programação de efeitos e outra, especialmente se utilizar dois programas em uma mesma música; e isso não é só pelo áudio, seria um conselho de qualquer produtor musical também. Aos tecladistas… Nesse ponto nós sofremos, quem sabe um dia inventem um padrão de volume de saída para teclados e que valha para todos os timbres… Costumo, na passagem de som (seja de que lado estiver), estabelecer um ponto ótimo para o operador e para o tecladista, onde ambos tenham alguma margem de manobra. Testo todos os timbres que serão utilizados e, de antemão, nós já sabemos em quais temos que abaixar ou aumentar o volume, é só não esquecer e, sempre, nivelar o volume pelo timbre mais alto.

Equalização dos instrumentos: sabe aquele “V” no equalizador do cubo daquele baixista ou guitarrista famoso, que você viu na fita que seu amigo emprestou? Pois é, esqueça, “Vs”, “Ss” e outras curvas mágicas não fazem milagres, aliás, geralmente… A equalização deve levar em conta o seu “setup” e não o do cara do vídeo. Então gaste seu tempo e seus ouvidos para obter o melhor resultado para você. Se você não toca sempre com o mesmo setup, é bem provável que mantenha ao menos o mesmo instrumento, então, quando tiver pouco tempo, uma curva de equalização para outro cubo pode servir de ponto de partida com um breve ajuste no que tiver sobrado, principalmente, ou faltado. Conheça bem o som do seu instrumento e os recursos que ele oferece; o mesmo vale para efeitos e outros periféricos. Gaste tempo explorando-os e, se necessário, peça ajuda a um músico mais experiente, ou a um operador de áudio. Saber utilizar bem seu setup é fundamental para um bom resultado final.

Espero que as dicas possam ajudar e “atiçar” sua curiosidade. Todo músico precisa de conhecimentos básicos de áudio e vice-versa, ossos do ofício, mas que não precisam ser duros de roer. Até a próxima!

Filippo Valiante Filho

2 Comentários

  1. Bruno Sena says:

    Muito bom os conselhos. Mas eu tenho uma dúvida:

    Sou tecladista e observando os tecladistas profissionais, pude ver que eles utilizam um pequeno equipamento antes da entrada dos cabos (uma caixinha pequena em que os cabos de saida para a mesa de som ou caixa ficam conectados) e gostaria de saber se voce sabe de que se trata. Eu deduzo que seja algum filtro de ruídos mas não tenho certeza. Se ´puder me ajudar eu fico muito grato, pois tenho problemas de ruídos com meu teclado, principalmente quando ligo ele em linha.
    Graça e Paz!

  2. Allan says:

    A caixinha nada mais é que um DirectBox.
    Sim, em alguns casos ele oferece a capacidade de se acabar com alguns tipos de ruídos mas, basicamente, ele serve para igualar as impedâncias da saída do teclado com a entrada de nível Mic da mesa de som.

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